CONVERSÃO E
MISSÃO-EVANGELIZAÇÃO
Qualquer conversão a Jesus, qualquer novo nascimento pelo
Espírito Santo que não nos leva a uma completa redenção ao Senhorio de Jesus e
ao propósito dELE para a vida do convertido, não é verdadeira conversão segundo
o Evangelho, não é o Novo Nascimento gerado pelo Espírito Santo, quando muito é
uma conversão à religiosidade e ou à conveniência. Não há como dizer que foi
salvo – resultado da missão-evangelização de alguém que pregou para nós ou
resultado do próprio Deus quando enviou Jesus para a missão da salvação (a
natureza revela Jesus e creio no Deus que fala) – e não viver com o desejo
ardente, contínuo e crescente de se pregar o Evangelho, de se levar a conversão
à outras pessoas. Jesus viveu com os discípulos operando milagres, ensinando
sobre o amor, com palavras e, principalmente, com gestos-ações, e no fim de
tudo, antes de ascender aos céus, ELE explicou o porquê de todos os milagres,
de todos os ensinamentos, de todo amor, do preço pago na cruz: Então, Jesus aproximou-se deles e disse:
"Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo, ensinando-os a
obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim
dos tempos" – Mateus 28:18-20.
Steves Saint, filho de Nait Saint, um dos 5 missionários
mártires no Equador cuja história dramática está relatada no livro Piloto das
Selvas, diz em seu livro A Grande Omissão (The Great Omission): “O nosso hábito
de enviar poucas tropas especializadas para lutar contra o inimigo, e deixarmos
a maioria dos cristãos fora desta batalha espiritual é a nossa Grande Omissão”.
Entendo e valorizo a preparação para todo o Corpo, mas também sei que todos têm
que amar a missão de alcançar os perdidos, não esquecendo os menos alcançados
pelo Evangelho.
É
hora de empreendermos esforços para alcançar os não alcançados e esquecidos
pela igreja evangélica no mundo. Observe alguns dados:
O Desafio:
–
Há 24.000 povos no mundo dos quais 8.000 precisam ser alcançados;
–
Há 6.287 línguas no mundo e 4.500 delas não têm nenhuma parte da Bíblia
traduzida;
–
85.000 morrem a cada dia sem nunca terem ouvido de Cristo.
Nós
brasileiros somos a terceira maior igreja do mundo e precisamos de 100.000
crentes para sustentar um missionário dentro da Janela 10-40. Investimos, em
média, somente R$ 1,30 por pessoa por ano para missões transculturais.
ATENETE PARA ISSO:
A
Missão Horizontes está trabalhando forte para popularizar missões dentro da
igreja brasileira. Para isto está produzindo artigos escritos por missionários
de diversas organizações para distribuí-los indiscriminadamente. Seus membros
são incompreendidos por produzir algo latino a um custo acessível. A
Horizontes tem trabalhado na conscientização missionária e alertado quanto ao
perigo de se investir prioritariamente no ter, ao invés de no ser. Por exemplo,
investir em estruturas físicas, deixando de investir na formação de vidas. A Horizontes tem se esforçado para
produzir literatura, vídeos missionários, mapas, globos, cartões de oração e
cursos de orientação missionária.
Penso que se todas as, denominações, todos os pastores e
líderes evangélicos e todas as organizações missionárias unissem seus
esforços para produzir e divulgar materiais sobre missões, como para
conscientizar cada verdadeiro/a cristão/ã sobre a prioridade da Comissão, da
evangelização, tudo seria diferente. O que nos impede
de unirmos esforços? Seria o trabalho estafante pela sobrevivência? A
competitividade? O nosso egoísmo? As discriminações?
Infelizmente o termo missionário está
totalmente deturpado no contexto brasileiro: um evangelista de televisão é
chamado de missionário, o mesmo título é dado à esposa de pastores e às
intercessoras ou lideres de reuniões ou círculos de oração. Creio que é
necessário diferenciarmos missionários de missionários transculturais. Assim
teremos condições de mostrar a realidade do trabalho transcultural aos não
alcançados que recebem somente 0,5% dos recursos financeiros das igrejas no
mundo. Em recentes pesquisas, realizadas com mais de 15.000 pastores e líderes
de igrejas, não foi encontrada nenhuma igreja que invista mais de 50% de suas
entradas em missões, enquanto a Igreja dos Povos de Toronto, Canadá, chegou a
investir mais de 75%; os Irmãos Morávios tinham um missionário para cada 12
membros, segundo Patrick Johnstone em seu livro A Igreja é maior do que você
pensa. Creio que eles podem servir de modelo.
Não é necessário muito esforço para sermos
modelo ou transtornarmos o mundo, como fizeram os crentes primitivos (At.
17.6). Se cada crente brasileiro investir em média R$ 10,00 mensais em missões
transculturais, que seria 100 vezes mais que o investimento atual, poderia
multiplicar a força missionária em 100 e atender a demanda dos 8.000 povos que
não conhecem Jesus… Isto é sacrifício? …É isto utopia?
Alguns
teóricos, considerados experts em missões, têm tido uma preocupação muito
grande e desnecessária com o Islamismo, Hinduísmo, Budismo, Nova Era, etc,
considerando um ou outro como o maior perigo para a Igreja. Creio que o maior
perigo para a igreja está dentro da própria igreja: a apatia, a indiferença, a
indolência, o conformismo e o materialismo modernos, que resultam na Grande
Omissão.
A
Palavra de Deus diz claramente que se a nossa esperança fosse somente nesta
vida, seríamos os mais miseráveis dos pecadores. Vejo que a egoísta Teologia da
Prosperidade tem afetado tremendamente os crentes brasileiros, pois a Bíblia
diz que o Senhor quer nos abençoar para que sejamos uma bênção para as nações.
Estamos tão longe do verdadeiro chamado para as nossas
vidas, do verdadeiro significado de ser cristão que acreditamos que se uma vez
ao ano existe uma oferta missionária, um momento sobre missões em nossas
igrejas e nós participamos deste momento, já fizemos o nosso papel, já ficamos
erroneamente, com a consciência tranquila sobre a missão que nos foi confiada,
para qual fomos chamados e onde devíamos dedicar as nossas vidas.
A distorção é tão grande, que hoje é normal que cantores e artistas
decadentes converterem-se por causa do grande mercado evangélico. Outros
aproveitam a oportunidade de se apresentarem nas igrejas cobrando cachês
absurdos, às vezes em dólares. Tais somas chegam a alcançar dez mil dólares.
Enquanto isso, missionários desenvolvem trabalhos sacrificiais e normalmente
recebem ofertas de R$ 50.00, quando recebem.
Vou parar por aqui, do contrário virará um
livro e sei que poucos lerão isso, afinal, “ler cansa” e ler o que não queremos,
ler o que nos confronta cansa antes mesmo de lermos.
Este texto tem como base o texto de Davi
Botelho com outras visões e entendimentos meus.
NELE, que nos deu ordem para irmos-indo e
fazer discípulos, pregando sempre a fim de todos sejam salvos, Rogério do
Amaral
É a grande realidade, precisamos despertar para o ide e fazei discípulos.
ResponderExcluirA Grande Omissão. Nos faz repensar na Grande Comissão, pois até mesmo grande parte dos assim chamados "covertidos" estão omissos, ou seja; não estão engajados na missão.
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