EU E O MEU PRÓXIMO*
Ao olhar para a vida, como ela é; ao olhar para o meu
próximo, como ele é; ao olhar para Deus, como ele é; e ao olhar para mim, como
eu sou, não posso pensar em outra coisa que seja diferente do esforço máximo e
contínuo de fazer o meu próximo feliz. Pois quando olho para mim percebo o
quanto careço de ajuda, de misericórdia, de chances, de amor, percebo o quanto
sou limitado e o quanto dependo do outro. Quando olho para o meu próximo
percebo que é graças a ele que eu sou o que sou, pois sem o meu próximo eu não
posso exercer nenhum dos meus sentimos (amor, alegria, tristeza, raiva,
saudade, remorsos, compaixão, fidelidade, etc), é também através do meu próximo
que eu tenho a noção do feio, do bonito; do baixo, do alto; do gordo, do magro,
etc. E quando eu olho para Deus é que eu descubra o quanto sou pecador, o
quanto preciso das suas misericórdias; o quanto ele é maravilhoso, amoroso,
fiel, incomparável, excelso, todo poderoso, tremendo, e consigo compreender o
porque o outro (o meu próximo) existe e eu também, pois é ao amar e servir ao
meu próximo que eu me aproximo do que é Deus, e de Deus; é no convívio com o
meu próximo que eu descubro a minha importância, as minhas qualidades e os meus
defeitos e, por conseqüência, descubro o amor de Deus, pois percebo que ele me
ama e o quanto ama ao meu próximo com todas as nossas fraquezas, com todas as
nossas falhas, com todas as nossas oscilações, com todas as nossas
imperfeições, etc.
Creio que
seja isso que homens como Estevão, Paulo, Pedro, Lutero, Willian Tindayle,
Moody, entre outros, experimentaram na terra dos viventes (experimentaram aqui,
no nosso convívio, no planeta Terra). São homens que, como diz as escrituras:
“dos quais o mundo não é digno” (Hb 11:38); que experimentaram, absorveram e
praticaram os dois maiores mandamentos: “... amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao
próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios...”
(Mc 12:33).
Precisamos
entender que sem o meu próximo, não haveria eu, não haveria tu, não haveria
nós, não haveria salvação e não haveria o mundo como o conhecemos em toda a sua
totalidade. Por isso eu preciso do outro – na mesma medida, proporção e
intensidade – como o outro precisa de mim. E todos nós somos dependentes de
Deus.
ROGÉRIO AMARAL
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