EROS - ROGÉRIO DO AMARAL

EROS

         A Bíblia traz nomes específicos para cada tipo de amor:

1.     Amor ÁGAPE – é o amor supremo capaz de dar tudo de bom para aquele a quem se ama; que perdoa todas as coisas; é o amor de Deus para conosco; ama incondicionalmente;

2.      Amor FILOS – é o amor de irmandade, o amor de ajuda, de compaixão; de irmão para irmão;

3.      Amor EROS – é o amor de um homem para uma mulher e vice-versa, o amor que leva ao casamento; onde estão intrínseco todos os desejos e relacionamentos condizentes ao homem e/para a mulher.

         Temos hoje presenciado uma grande ignorância, superficialidade e deturpação (intencional e maléfica) sobre o sentimento EROS.

      Um sentimento criado por Deus com o objetivo de perpetuação da espécie e de satisfação biológica e emocional do ser humano (Gn 1:22; Ct 1:1 – 8:14; 1 Co 7:2-5). Sendo que o homem, desde o princípio, após conhecer o pecado e os resultados do mesmo, deixou de entender o objetivo para o qual Deus criou as coisas, tornou-se um ser sem a visão de Deus, com isso utilizou o nome EROS para simbolizar a prostituição, a lascívia, o adultério, a devassidão, a desonra e o afronto ao plano de Deus. Hoje a palavra erótico, que é derivada da palavra EROS, significa revistas, filmes, peças e apresentações pornográficas, significa a perda do conhecimento de Deus e da sua criação, significa a banalização da obra gloriosa de Deus, pois tudo o que Deus fez Ele viu que era bom (Gn 1:31).

      De chofre o homem se vê em uma situação onde a banalização do EROS traz a morte, o sentimento que foi criado para produzir vida agora produz morte: é a famosa AIDS; o número desenfreado de crianças grávidas; o alarmante número de doenças venéreas; os casamentos imaturos; os casamentos com pequeníssima duração; os não casamentos; os casamentos infelizes; os vários casos de desequilíbrio emocional e mental; etc. O sentimento para gerar vida agora gera a morte.

      E esta má interpretação, esta banalização do EROS invadiu com uma força inefável as nossas igrejas e o povo que nela se encontra. Invadiu de tal modo que não vimos nem os líderes, os quais devem pregar a vida, alertando o povo para o verdadeiro significado deste tão nobre e celestial sentimento e nem protestando contra àqueles que aderiram a atual versão funesta.

      Então, apossando-me do desejo de, de alguma forma, abençoar outras vidas, escrevo estas linhas para que entenda que o verdadeiro EROS planejado por Deus nasce no coração de Deus para o coração de cada um de nós, isto é, Deus é aquele que planejou a nossa vida e é desejo dEle nos orientar para que encontremos a pessoa certa para que exerçamos este sentimento. O problema é que hoje ninguém está preocupado o que Deus quer, ou quem Ele separou para nós. Perdemos a visão de Deus e, por isso, mergulhamos na nossa cegueira da auto-suficiência achando que não tem nada a ver, que não é bem assim, que somos nós que sabemos o que é melhor para nós e como é que devemos proceder em relação a este sentimento; e assim vamos caindo nos abismos existenciais, nas armadilhas preparadas por este “novo” significado do EROS, significado este propagado pelo príncipe deste mundo, afinal o mundo jaz no maligno (I Jo 5:19).

          O EROS planejado por Deus nos faz querer alguém do sexo oposto – deixará o homem o seu pai e a sua mãe e se unirá a uma mulher (Gn 2:24) - que seja para sempre, e não se quer somente porque se deseja, se deseja porque se quer, e se quer somente um (a) – deixará ... uma ... - é alguém que quando personificar o EROS saberá que está agradando a Deus e ao seu próximo; é alguém que praticará o EROS com a convicção de que faz o companheiro (a) feliz e de que é feliz e de que os dois são uma só carne, por isso a felicidade é mútua.

         A prática desse amor nos traz saúde (em todas as áreas); faz uma sociedade mais feliz e reflete o ÁGAPE de Deus para as nossas vidas.

      Oro a Deus para que Ele restaure no meio do povo, do Seu povo, a verdadeira vivência do EROS e que, por conseguinte, este povo atinja, permeie em toda a humanidade o mesmo.

Rogério do Amaral