DISCUSSÕES E DEBATES
Há cerca de 07 (sete) anos atrás eu decidi no meu
coração a não entrar em nenhum tipo de debate onde, tal debate, não tivesse o
desejo, o intuito de crescimento de todos os debatedores envolvidos. O que
quero dizer é que se o debate não for para trocar ideias, para abrir o
entendimento do outro e se permitir abrir pelo conhecimento-entendimento do
outro, para mim não serve tal debate, então eu prefiro passar por ignorante (i
= negação / gnoses = conhecimento; falta de conhecimento).
Tentarei
melhorar o que digo. Qualquer debate-discussão, quer seja na área religiosa, na
política, no time de futebol, moda, etc, tem que ser permeado pelo desejo de
que cada um possa acrescentar na vida do outro e cada um tem que estar aberto
para a possibilidade de estar errado ou de descobrir algo novo através da
colocação do outro, do contrário, repito, prefiro me calar.
Há
muitos anos me vi entrando em debates onde eu via que o outro já estava
fechado, bloqueado dentro do seu pensamento (já tinha fechado todas as portas
para novas possibilidades e ou para o possível engano) e via que, muitas vezes,
eu estava na mesma condição.
Então, como cristão e como alguém que tem um pouquinho
de sabedoria, eu comecei a analisar isso e decidi-percebi que eu tenho que ser
alguém que abençoa o outro, que abra portas novas para o outro entrar, que
edifique a vida do outro e, se eu não posso fazer isso, então eu não posso, não
devo entrar nesta discussão, pois não serei útil e ainda corro o risco de criar
um grande problema no relacionamento.
Outra coisa que percebi é que eu sou o outro do outro,
isto é, o outro que debate comigo pode estar certo e eu errado, ele pode ter novas
portas para me mostrar, novos caminhos onde eu possa percorrer.
Todo e qualquer debate-discussão tem que buscar
promover crescimento, esclarecimento, edificação para todos, o intento, o alvo,
o intuito, a meta, o propósito tem que ser esse.
É interessante e triste constatar que há pessoas que
entram em discussão e fazem questão de brigarem para estarem certos ainda que a
certeza delas tenha como resultado a ruína, o prejuízo de todos. Darei exemplo
simples: O cara não gosta do técnico e ou de algum jogador da seleção, aí o
dito cujo critica e torce para a seleção se desclassificar só para ele poder
dizer que estava certo, só para usar a frase: “eu te disse”. A preocupação de
tal pessoa é estar com a razão (não é estar certo, pois às vezes a seleção é
boa e perde, como a de 1982), não há preocupação de proporcionar solução,
proporcionar crescimento, etc. Este exemplo da seleção brasileira pode ser levado
para toda e qualquer área da nossa vida.
Há uma passagem bíblica que diz que não se devemos dar
pérolas aos porcos. Não entrarei no contexto de tal passagem, todavia eu vejo
que você levar o seu conhecimento, a sua experiência, a sua visão, a sua
interpretação para alguém que já se fechou, que se tornou obtuso, é como lançar
pérolas aos porcos, é lançar o seu conhecimento ao vento.
A meu ver vivemos num tempo que todos estão muito
certos em suas incertezas e estão duvidosos em suas certezas. Vivemos um tempo
em que o que importa é ter razão, é despreciar o outro, é tripudiar do outro
independentemente se ambos irão para o buraco. Vivemos um tempo em que se
perdeu o desejo de fazer com que o que sou, o que tenho, o que sei tem que
servir de benção, de crescimento, de edificação para o próximo. Vivemos um
tempo em que são raros os que querem se colocar no lugar do outro, os que
aceitam olhar a situação pela perspectiva do outro, que desejam calçar os
sapatos dos outros para descobrirem onde dói, por onde o outro andou e onde mas
desgastou os sapatos
Desejo muito que aprendamos a amar ao próximo como a
nós mesmos, que busquemos ter empatia sobre o outro, que desejemos crescimentos
mútuos, que caminhar juntos um suportando o outro (dando suporte) em amor.
O livro bíblico de provérbios diz que até o tolo quando
se cala se passa por sábio.
Que o Senhor, que é o criador da sabedoria, que ver
muito além e que deseja que amemos uns aos outros, nos abençoe e nos dê a
sabedoria.
NELE, que esquadrinha os rins e sonda os corações,
Rogério do Amaral.
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