O VERDADEIRO CULTO A DEUS
“Oferece a Deus sacrifício de ações de graças e cumpre os teus votos para com o Altíssimo”. Salmo 50:14
Em toda a Bíblia, desde o Antigo Testamento, embora o Antigo Testamento fosse a sombra, o protótipo do verdadeiro culto, o qual se apresenta no Novo Testamento, com destaque em João 4:19-26, é ensinado os atos para prestar culto ao Senhor, é mostrado como que tem que estar o coração para prestar culto ao Senhor, é destacado a consciência que tem que se ter sobre Deus para poder adorá-Lo.
Israel se acomodou. Achou que poderia cultuar a Deus como simples regra ou como simples obrigação diária. O povo deixou que o culto ao Criador fosse transformado em meros rituais religiosos que, se feitos, forneceriam os benefícios que eles precisariam (o perdão de pecados, a benção na agricultura e pecuária, etc.), esquecendo-se dos princípios que estão por trás do culto. Quando isso acontece, perdemos de vista dois pontos primordiais que deveriam sempre nortear nosso sentimento durante o culto; o primeiro é que somos pecadores e indignos que qualquer bem que o SENHOR faça para nós. Se estamos vivos, o estamos graças a graça de Deus, e isso não vem da oferta que temos ou que prestamos. Segundo, que Deus é excelente, e seu culto deve estar de acordo com seu caráter. É claro que do ponto de vista literal, jamais poderíamos oferecer um culto a Deus ao seu nível, pois somos imperfeitos e limitados, o que por si só empobrece nossa adoração, mas é nosso dever prestar a Deus um culto tão excelente quanto for possível, em respeito e temor Àquele que é digno de toda glória, fiados em Cristo, pois somente através dEle, nosso culto pode ser aceito por Deus.
Ao olhar para o que motiva as pessoas irem às igrejas hoje em dia, ao analisar como está o coração das pessoas, em relação a Deus, em relação a quem é Deus, ao observar as intenções de quem vai à uma reunião de culto a Deus, eu tenho imensas e intensas dúvidas se realmente, a maior parte de nós, vai às reuniões para prestar culto ao Senhor, se temos realmente a noção do que é cultuar a Deus, se nossa consciência está dominada pela gratidão a Deus, pelo reconhecimento de quem é o Senhor a ponto de prestarmos culto a ELE, se nos preparamos, em mente, no coração, no espírito, para cultuá-lo como ELE espera que o cultuemos.
Em Amós 5:21-23, Oséias 8:13, Isaías 1:12-15 e 29:13 estão textos onde Deus rejeita culto, reunião, oração e festas do povo, pois o coração dos que se reúnem não coadunam com a adoração ao Senhor, com o culto ao Senhor. Até Paulo, quando fala, em 1 Co 11, sobre a ceia do Senhor, diz que a reunião do povo não é para o bem e sim para o mal.
O que tem acontecido em nossas igrejas, é exatamente o contrário do padrão de Deus para que seu povo faça no culto. Nossas igrejas estão cheias de pessoas que não sabem sequer o porquê de estarem ali. Talvez tenham sido desde crianças ensinadas que a igreja é um local onde as pessoas boas devem estar, ou que é bonito ir aos cultos no domingo à noite. Por outro lado, muito se valem do culto como amuleto que os trará boa sorte nos negócios de suas empresas, ou mesmo em seus estudos, ou quem sabe até a vida de modo geral; ganhem uma promoção, um aumento no salário, troquem o carro, encontrem uma pessoa com que se relacionar e etc.
Todavia, não é preciso ir ao culto com um coração pronto a fazer uma barganha para que o desvirtuemos, na verdade, basta que como Israel, não entendamos o significado do que nos é requerido no culto, ou do que é estar na presença de Deus.
Fazê-lo sem que se perceba que Deus é digno de louvor e que é nosso dever como suas criaturas adorá-lo, já configura uma afronta ao nosso Deus, e é exatamente isso que tem acontecido em nossas igrejas. A ida a igreja tornou-se vazia de sentido em si, mas é anexada de outros fatores que pouco a pouco, tiram nosso foco do culto, que deve ser prestado com toda nossa alma, força e vida.
O culto ao SENHOR é mais do que cantar, erguer mãos, ou outras ações contemporâneas que tem sido introduzida nos cultos. Cultuar a Deus é um estado constante de espírito, onde nos inclinamos desde o dia em que recebemos a Cristo como SENHOR, até o dia de nossa partida desse mundo, somente para o adorar diante de seu trono na glória. O salmo 51.17 diz que “sacrifícios agradáveis a Deus são espírito quebrantado; coração compungido e contrito[…]”. O verdadeiro culto ao Criador, em primeiro lugar vem de um coração que o reconhece como digno de honra e louvor, que entende que se está diante da Coroa do universo, e que lhe prestar louvores pelo que Ele é, é digno.
Sei que aos olhos de muitos eu estou errado, eu estou exagerando, eu sou careta, até mesmo dizem que sou frio e sem poder do Espírito Santo (sobre Poder do Espírito Santo eu escrevo outro dia, pois este já é o segundo texto de hoje e este ficou grande, rs). Quero que todos saibam que, diante de Deus o digo, estou aberto para me mostrarem que estou errado, pois quero viver o que é certo segundo as Escrituras, mas enquanto isso não acontece eu desejo que você, que se aventurou a ler este texto, o faça a luz das Escrituras, na consciência do Espírito Santo e se permita ser transformado por Deus.
NELE, que já fez tudo por nós e é o único digno de toda honra e toda glória, Rogério do Amaral.
Shalom!!!maravilhoso este texto,estou aprendendo cada dia mais um pouquinho.
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