PALAVRA
DE VIDA
Na cabeça humana há sete
orifícios naturais. Todos vêm em pares - dois ouvidos, dois olhos, duas narinas
- com exceção da última, que é a boca. Suponho que ninguém desejaria duas bocas.
A maioria de nós já tem problemas suficientes com uma!
Você já reparou no poder
das palavras para fazer bem ou mal? Consegue se lembrar de uma vez em que você
foi desestimulado, enfraquecido por uma palavra desgraçada? Por outro lado,
lembra-se de alguma vez em que alguém falou uma palavra de encorajamento que
mudou toda a sua perspectiva de vida?
A Palavra de Deus nos
adverte contra a destruição causada pela língua. Ao mesmo tempo nos encoraja
pelo potencial que esta mesma língua tem para transmitir vida e graça para
pessoas desanimadas: A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a
utiliza come do seu fruto. A língua serena é árvore de vida, mas a perversa
quebranta o espírito (Pv 18:21, 15:4). Precisamos reconhecer o poder das
palavras e, pela graça de Deus, começar a domá-las e canalizá-las para serem
instrumentos úteis nas mãos do Senhor. De todos os lugares onde este conselho é
sadio, nenhum é mais importante que o lar e o relacionamento pai-filho.
Certa vez um monge foi
falar com seu supervisor para confessar o pecado de fofoca.
"Pequei" ele disse, "por espelhar um
boato sobre fulano. O que posso fazer agora para acertar a situação”. O líder
daquele mosteiro olhou para seu discípulo e deu a seguinte ordem: "Vá para
as casas da nossa vila, e coloque uma pena sobre o portal de cada casa. Depois
volte para mim”. O jovem não entendeu, mas obedeceu. No próximo dia voltou para
seu chefe e disse: "Fiz o que o senhor mandou. Coloquei uma pena no portal
de cada casa da vila. E agora, o que faço?" "Agora volta, recolhe
todas as penas e traga-as para mim" foi a resposta. "Mas seria
impossível!" exclamou o jovem monge. "Agora o vento já espelhou as
penas para o mundo inteiro!”. "Exatamente" respondeu o ancião sábio. "É
assim com as tuas palavras. Já se espalharam para o mundo todo, e não há como
recolhê-los. Vá, e não peque mais”.
Quantas vezes eu já quis
retirar uma palavra desgraçada momentos depois que saiu da minha boca! Nunca
consegui! Aquela palavra caiu para terra como uma bomba nuclear, destruindo e
matando. Às vezes os resultados destrutivos continuaram durante muito tempo.
Provérbios nos alerta
sobre este poder fatal da língua: “As palavras dos perversos são emboscadas
para derramar sangue...” (Pv. 12:6) “Contar mentiras sobre outra pessoa faz
tanto mal a ela quanto bater-lhe com um machado, ferir seu corpo com uma espada
ou uma flecha bem aguda”. (Pv. 25:18, Bíblia Viva). Como, então, desativar
esta bomba entre nossos lábios? A resposta bíblica é de pesar nossas palavras,
pensar sobre nossas palavras, e peneirar nossas palavras. Em outras palavras,
falar pouco e falar bem o que falamos: Por nós mesmos isso será impossível.
Somos pecadores por natureza, e a tendência natural é de fofocar, resmungar,
criticar, xingar, blasfemar. Mas foi por isso que Jesus veio para este mundo--
para resgatar a língua do homem. Para fazer isso, precisava fazer um
transplante--não da nossa língua, mas do nosso coração, pois a língua só fala
do que o coração está cheio. A morte e a ressurreição de Jesus tiveram como alvo
transformar o coração daqueles que depositam sua confiança (fé) nele (e só
nele) para a vida eterna. O resultado deve ser uma transformação de vida, a
começar com as raízes (o coração) até o fruto (a língua)!
Shakespeare comentou,
"Quando palavras são raras, não são gastas em vão”. Outro erudito (sábio)
disse, "Homens sábios falam porque têm algo para dizer; tolos, porque
gostariam de falar algo”. Um ditado filipino aconselha, "Na boca fechada,
não entra mosca." Os árabes oferecem esta jóia de sabedoria: "Tome
cuidado que sua língua não corte seu pescoço." Mas foi Salomão em
Provérbios que primeiro nos aconselhou: “No muito falar não falta
transgressão, mas o que modera os seus lábios é prudente” (Pv. 10:19) “Quem
retém as palavras possui o conhecimento, e o sereno de espírito é homem de
inteligência. Até o estulto, quando se cala, é tido por sábio, e o que cerra os
lábios por entendido”. (Pv 17:27,28). Em outras palavras, é melhor fechar
sua boca e ser pensado um tolo, do que abrí-la, e tirar toda a dúvida!
"Se alguém supõe
ser religioso, deixando de refrear a sua língua, antes enganando o próprio
coração, a sua religião é vã" (Tg l:26).
Por isso amados(as),
pensem bem antes de dizer ou deixar de dizer alguma coisa, pois depois que elas
saem não tem como retomá-las.
NEle, que somente falou
e fala conosco Palavra de vida e para vida,
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