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quinta-feira, 9 de agosto de 2018

PALAVRA DE VIDA - Pr ROGÉRIO AMARAL





PALAVRA DE VIDA

Na cabeça humana há sete orifícios naturais. Todos vêm em pares - dois ouvidos, dois olhos, duas narinas - com exceção da última, que é a boca. Suponho que ninguém desejaria duas bocas. A maioria de nós já tem problemas suficientes com uma!

Você já reparou no poder das palavras para fazer bem ou mal? Consegue se lembrar de uma vez em que você foi desestimulado, enfraquecido por uma palavra desgraçada? Por outro lado, lembra-se de alguma vez em que alguém falou uma palavra de encorajamento que mudou toda a sua perspectiva de vida?

A Palavra de Deus nos adverte contra a destruição causada pela língua. Ao mesmo tempo nos encoraja pelo potencial que esta mesma língua tem para transmitir vida e graça para pessoas desanimadas: A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto. A língua serena é árvore de vida, mas a perversa quebranta o espírito (Pv 18:21, 15:4). Precisamos reconhecer o poder das palavras e, pela graça de Deus, começar a domá-las e canalizá-las para serem instrumentos úteis nas mãos do Senhor. De todos os lugares onde este conselho é sadio, nenhum é mais importante que o lar e o relacionamento pai-filho.

Certa vez um monge foi falar com seu supervisor para confessar o pecado de fofoca.

"Pequei" ele disse, "por espelhar um boato sobre fulano. O que posso fazer agora para acertar a situação”. O líder daquele mosteiro olhou para seu discípulo e deu a seguinte ordem: "Vá para as casas da nossa vila, e coloque uma pena sobre o portal de cada casa. Depois volte para mim”. O jovem não entendeu, mas obedeceu. No próximo dia voltou para seu chefe e disse: "Fiz o que o senhor mandou. Coloquei uma pena no portal de cada casa da vila. E agora, o que faço?" "Agora volta, recolhe todas as penas e traga-as para mim" foi a resposta. "Mas seria impossível!" exclamou o jovem monge. "Agora o vento já espelhou as penas para o mundo inteiro!”. "Exatamente" respondeu o ancião sábio. "É assim com as tuas palavras. Já se espalharam para o mundo todo, e não há como recolhê-los. Vá, e não peque mais”.

Quantas vezes eu já quis retirar uma palavra desgraçada momentos depois que saiu da minha boca! Nunca consegui! Aquela palavra caiu para terra como uma bomba nuclear, destruindo e matando. Às vezes os resultados destrutivos continuaram durante muito tempo.

Provérbios nos alerta sobre este poder fatal da língua: “As palavras dos perversos são emboscadas para derramar sangue...” (Pv. 12:6) “Contar mentiras sobre outra pessoa faz tanto mal a ela quanto bater-lhe com um machado, ferir seu corpo com uma espada ou uma flecha bem aguda”. (Pv. 25:18, Bíblia Viva). Como, então, desativar esta bomba entre nossos lábios? A resposta bíblica é de pesar nossas palavras, pensar sobre nossas palavras, e peneirar nossas palavras. Em outras palavras, falar pouco e falar bem o que falamos: Por nós mesmos isso será impossível. Somos pecadores por natureza, e a tendência natural é de fofocar, resmungar, criticar, xingar, blasfemar. Mas foi por isso que Jesus veio para este mundo-- para resgatar a língua do homem. Para fazer isso, precisava fazer um transplante--não da nossa língua, mas do nosso coração, pois a língua só fala do que o coração está cheio. A morte e a ressurreição de Jesus tiveram como alvo transformar o coração daqueles que depositam sua confiança (fé) nele (e só nele) para a vida eterna. O resultado deve ser uma transformação de vida, a começar com as raízes (o coração) até o fruto (a língua)!

Shakespeare comentou, "Quando palavras são raras, não são gastas em vão”. Outro erudito (sábio) disse, "Homens sábios falam porque têm algo para dizer; tolos, porque gostariam de falar algo”. Um ditado filipino aconselha, "Na boca fechada, não entra mosca." Os árabes oferecem esta jóia de sabedoria: "Tome cuidado que sua língua não corte seu pescoço." Mas foi Salomão em Provérbios que primeiro nos aconselhou: “No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os seus lábios é prudente” (Pv. 10:19) “Quem retém as palavras possui o conhecimento, e o sereno de espírito é homem de inteligência. Até o estulto, quando se cala, é tido por sábio, e o que cerra os lábios por entendido”. (Pv 17:27,28). Em outras palavras, é melhor fechar sua boca e ser pensado um tolo, do que abrí-la, e tirar toda a dúvida!

"Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a sua língua, antes enganando o próprio coração, a sua religião é vã" (Tg l:26).

Por isso amados(as), pensem bem antes de dizer ou deixar de dizer alguma coisa, pois depois que elas saem não tem como retomá-las.

NEle, que somente falou e fala conosco Palavra de vida e para vida,

Pr. Rogério Amaral


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