SERÁ
QUE SABEMOS O QUE É KOINONIA?
Temos o
costume de cantar hinos que falam sobre koinonia – nestes momentos nos sentimos
os maiores amantes do próximo que se pode ser -. Adoramos quando a mensagem
fala da importância de vivermos em união. Sendo que quando tudo isso tem que
ser colocado em prática, nos comportamos como está escrito em Tg 1:23-24,
olhamo-nos no espelho e ao virarmos as costas esquecemos como é o nosso rosto.
Por isso desejo que analisemos e vivamos o que a Bíblia diz e espera de nós
sobre todo o significado da koiononia.
Koinonia
é o espírito do compartilhar gracioso em contraste com o espírito egoísta que
deseja tudo para si próprio, a pleonexia (sede de possuir mais), que é a
cobiça gananciosa comum ao mundo sem Deus, Rm 1:29, e que avalia a vida apenas
pelos valores materiais, Lucas 12.15, sendo comparada à idolatria, Cl 3:5.
Em At
2:42 e 2 Co 6:4, koinonia significa "um compartilhar de amizade" e
uma permanência no convívio com os outros. Essa amizade baseia-se na
mutualidade (um para com o outro) do cristianismo e somente aqueles que são
verdadeiramente amigos de Cristo, que descobriram a fraternidade com o Mestre,
podem ser amigos sinceros de seus irmãos, 1 Jo 1:3.
Em Rm
15:26, 2 Co 84; 9:13 e em Hb 13:16 koinonia significa uma "divisão
prática" com os menos favorecidos economicamente. Comunhão tem que ser
algo prático.
Em Fp
1:5 koinonia é "cooperação na obra de Cristo".
Em Ef
3:9 koinonia é "vida na fé". O cristão não é uma unidade isolada. É
membro de um convívio de fé, de um conjunto de fiéis que abdicam (abrem mão)
seus individualismos e egocêntricos para que possamos partilhar de um mesmo
ideal de fé, sem que percamos a individuação existencial.
Em l Co
1:9 e 10:16 koinonia é interação plena e perfeita com Cristo. A nossa comunhão
com Cristo deve ser aperfeiçoada no memorial da ceia, quando participamos do
sofrimento de Cristo, em um encontro objetivo com o Senhor e com os nossos
irmãos, na cruz do Calvário, Fp 3:10.
Não
podemos dizer que somos cristãos (imitadores de Cristo), que somos cheios do
Espírito, se não deixamos o Espírito gerar em nós a “koinonia”. Se somos cheios
do Espírito, somos cheios do Amor, pois “o amor de Deus foi derramado em nossos
corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5:5). Esse é o maior dom que
o Espírito Santo gera em nós quando temos uma experiência verdadeira com Ele, é
o sinal da sua presença.
A união é o retrato da perfeição. Nela vimos se cumprir a Palavra do
Senhor, quando se cumpre o fazer-nos um no Salvador Jesus. União que tem intrínseca
o retrato de Jesus que é o Amor.
Rogério do Amaral
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