A SIMPLICIDADE DA VIDA
Hoje amanheci lembrando da minha infância. Lembro-me de ir, principalmente nas férias, para o sítio onde vive o meu tio Jorginho, no Lameirão, Campo Grande. Gente, era muito bom! Aí, juntamente com os cunhados do meu tio, eu plantava legumes, verduras e frutas, no tempo certo os colhíamos e vendíamos para o CEASA. Também havia um - digo havia porque, lamentavelmente, hoje é uma vala – e neste rio nós nadávamos, pescávamos, virávamos a noite jogando buraco e comendo os peixes que nós mesmos havíamos pescado. Também tinha os dias de chuva onde escutávamos a chuva caindo sobre as inúmeras variedades de árvores e, juntamente com a terra molhada, exalava um conjunto maravilhoso de cheiros, de perfume. Lembro-me ainda que fazíamos uma grande, grande mesmo, fogueira e aí colocávamos aipim, batata doce, etc. e passávamos a noite. Oh tempo bom, sô!
Eu era feliz com as coisas mais simples, e ao mesmo tempo gloriosas, da vida. Me alegrava em poder está ali, junto com os mais velhos, aprendendo a cuidar da terra, jogando bola com eles. Não havia esta busca desenfreada por coisas materiais, por ter que ter, pelo menos eu me sentia muito feliz com aquela simplicidade que Deus nos presenteou e dela eu tirava o melhor, somando-se às amizades que ali eu tinha.
O tempo passou, o tempo sempre passa. A sociedade começou a fazer outras exigências, a sociedade começou a impôr normas, regras para que as pessoas pudessem “realmente dizer que são felizes”. Então os cunhados do meu tio foram deixando a vida da terra e buscando outros empregos, os vizinhos que eram poucos começaram a ser muitos e, por falta de amor a terra e à simplicidade da vida, poluíram o rio, árvores foram cortadas e o sítio passou a ser o condomínio da família, visto que todos estavam em outro ramo, casaram-se e dividiram o sítio para construir suas casas.
Sabe, às vezes sou criticado por pessoas por preferir muito mais estar em casa com a família (filhos, esposa, pais, irmãos) do que estar saindo; por preferir uma roda de amigos, disse amigos, na simplicidade de somente um short e chinelo, comendo uma pizza ou um churrasco na cada de um de nós do que ir para restaurantes (não estou dizendo que não gosto de um bom restaurante, rs, estou dizendo que prefiro a simplicidade de uma reunião de pessoas que amo do que outra coisa em outro lugar). Sabe, eu me encanto quando posso estar com os meus pais e poder abraçá-los e lhes dizer que lhes amo! Eu me encanto quando peço o meu pai para fazer um bolinho de chuva para mim e ele faz e eu os como com um café frequinho! Eu me emociono quando alguém diz que a minha presença a/o faz feliz! Eu me alegro em poder ter o que comer, o que vestir e saber que tudo isso vem de Deus e é graça dELE na minha vida! Eu louvo a Deus por poder ter pessoas a quem poder chamar de amigos/as e poder experimentar na prática que eles o são!
Por que perdemos a gloriosa simplicidade da vida? Por que deixamos de nos alegrar com o que Deus criou e nos deu, isso da natureza às pessoas que nos amam? Por que passamos a crer na mentira que felicidade está naquilo que se tem? Por que entramos nesta busca desenfreada de complicar a existência e assim sermos infelizes?
Bem, desejo que você analise as oportunidades diárias que tem de ser feliz com as coisas gloriosamente simples da vida e que você a deixa passar.
Pense nisso!
NELE, que disse que devemos ser simples como uma pomba e que valorizou a simplicidade gloriosa da vida, Rogério Amaral.
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