APROVEITE CADA MOMENTO
Tenho o costume de dizer que,
como pastor, nunca fui realizar um ato fúnebre onde a pessoa morta era uma
pessoa ruim, pois em todos estes momentos todas as pessoas que falaram sobre
tais mortos diziam que os/as falecidos/as eram pessoas boas, quase santas.
Hoje soube
de uma pessoa que ficou 10 anos sem falar com a própria mãe, até que um
determinado dia o mesmo decidiu falar com a mãe e no dia seguinte sua mãe
faleceu.
Há 06 dias
saímos, minha família e eu, do Peru em retorno ao Brasil de maneira definitiva.
Os 7 dias que antecederam a nossa partida foram dias de uma mescla, uma mistura
de sentimentos, de emoções e de descobertas. Muitos foram os dias em que eu me
senti um frustrado, um fracassado na missão que Deus me confiou para realizar
no Peru. Foram muitos os dias em que ficava sozinho pedindo perdão a Deus,
pedindo misericórdia e pedindo que ELE nos capacitasse a realizar o que fomos,
eu e minha família, a realizar. Quando anunciamos que viríamos começamos a
ouvir relatos, testemunhos de pessoas e família as quais nós, tanto
individualmente como também como família, pudemos alcançar, pudemos abençoar,
pudemos ajudar, então os sentimentos se encontraram, pois, era a tristeza da
partida com a alegria das coisas boas que ouvimos e ainda continuamos a ouvir.
Não sei se
é lamentavelmente ou não, mas nós somos movidos pelo que vemos, sentimos,
tocamos e pelo que em nós toca. Devido a isso, muitas vezes nos alegramos por
resultados que vemos (aos cristãos digo que temos que caminhar-viver pela fé,
obedecendo a Deus e crendo que nELE todas as coisas cooperam para o bem – Rm
8:28), pelo o que as pessoas dizem e ou mostram, e se não temos os sinais, nos
abatemos e muitas vezes até desistimos.
Por que conto estas coisas
nesta reflexão? O faço para que venhamos a pensar sobre todos os momentos em
que respiramos, pelos momentos que estamos vivos. O que quero dizer é que
sempre temos a possibilidade de amar, de pedir perdão, de abraçar, de beijar,
de elogiar, etc., e muitas são as vezes que deixamos isso para depois, deixamos
para amanhã, o problema é que o amanhã, o depois nem sempre chega, nem sempre
nos dá a oportunidade. Também para que analisemos que quando se faz o que é
correto (correto mesmo, não digo correto na perspectiva individual, digo
correto dentro de uma sociedade civilizada e mais ainda, se somos cristãos,
correto aos olhos de Deus correto na visão e essência do amor), quando se faz o
que é de bom caráter, quando se pratica o que é justo e humano, não se preocupe
e nem se detenha com reconhecimentos, aprenda a se alegrar, a se deleitar pela
realização do que é bom, pela satisfação do coração que realiza o que é justo,
pelo regozijo de uma consciência que se vive na verdade e na pureza do ser.
Nos enterros dizem coisas
lindas para corpos que não têm mais vidas, que não podem mais ouvir; a pessoa
que voltou a falar da mãe perdeu 10 anos de poder desfrutar de alguém que o
amou desde sempre, depois não teve nenhum dia mais para se alegrar com a sua
mãe; eu sofri tanto por não ver o resultado das obras das minhas mãos, não
consegui me alegrar pela possibilidade de dar o meu melhor ao próximo em nome e
no amor de Deus, se eu não tivesse vindo embora da maneira que as coisas se
deram eu não sei se teria ouvido as coisas que ouvi e ouço e talvez continuaria
a me culpar e julgar-me com condenação, no meu caso de quem caminha por fé, é
pensar e reagir contra a fé que se diz e prega ter.
Meu Deus! Isso já está enorme!
Vou parar por aqui.
Pense nisso!
“Lança o
teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás – Eclesiastes
11:1;
“Jesus, porém, lhe respondeu: Ninguém que lança mão do
arado e olha para trás é apto para o reino de Deus” – Lucas 9:62.
NELE, que é
tudo em nós e o é hoje, agora e sempre, Rogério Amaral.
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