SAUDADES
CRÔNICAS
Sinto saudades da época em que os encontros se
bastavam pela alegria do próprio encontro em si;
Sinto
saudades dos abraços que eram dados em abraços pela maravilhosa expressão que
dizia à/ao outro/a: lhe quero aqui;
Sinto
saudades das ajudas que eram dadas-feitas sem a pretensão de dizer que era
melhor do que o/a outro/a e ou do que para satisfazer o próprio ego e ou pelo
interesse;
Sinto saudades
da época em que se perguntava à/ao outro/a se estava tudo bem e esta pergunta
significa a preocupação verdadeira com o bem-estar do/a outro/a;
Sinto
saudades de quando o socorro dado a alguém era tão somente e maravilhosamente
um ato de misericórdia e amor nascido no coração e não uma busca por
reconhecimento e ou aplausos;
Sinto
saudades de quando alguém almejava uma liderança e este alguém a almejava por
entender que podia ser uma benção, um ajudador na/para/a vida de outros;
Sinto
saudades de quando o sorriso não era algo para uma self e sim um resultado do
contentamento pelo milagre chamado vida;
Sinto
saudades de quando o caminhar quilômetros representava a alegria da companhia
com quem se caminhava, não como hoje que o mais importante é saber com que
carro se caminha;
Sinto
saudades das verdadeiras amizades onde se podia um/a amigo/a dizer à/ao outro/a
o que pensa e sente sem ser interpretado como um inimigo;
Sinto saudades
de quando as amizades tinham a preocupação do bem estar do outro e não se
utilizava “os/as amigos/as” para obter realizações de interesse próprio;
Sinto
saudades da época em que as duras verdades ditas com amor eram mais valorizadas
do que as suaves mentiras ditas para “ficar bem” com todos/as;
Sinto
saudades de quando se conversava olhando nos olhos do/a outro/a pois se sabia
que cada um/a podia ser e fazer conhecer quem realmente é;
Saudades de quando a palavra dada valia mais do que um documento assinado, pois de fato a palavra era sim sim e não não, visto que a palavra proferida num acordo significava a honra da pessoa;
Saudade de quando a brincadeira de criança era realmente de criança, cheia de inocência e permeada das gargalhadas livres de maldades e preconceitos e sem o desejo de aparecer adultos;
Saudades de quando a palavra dada valia mais do que um documento assinado, pois de fato a palavra era sim sim e não não, visto que a palavra proferida num acordo significava a honra da pessoa;
Saudade de quando a brincadeira de criança era realmente de criança, cheia de inocência e permeada das gargalhadas livres de maldades e preconceitos e sem o desejo de aparecer adultos;
Sinto
saudades que um dia na praia com os/as amigos/as, comendo pão com mortadela,
era mais intenso e cheio de alegria do que comer em caros restaurantes somente
para mostrar para outros/as e ou para o próprio ego.
São
tantas as saudades, mas tantas que hoje eu vivo saudades crônicas. Espero não
está vivendo saudades da época em que se sentia saudades de algo que se poderia
realizar uma vez mais.
Estava
com saudades de escrever as coisas do meu coração.
Rogério
Amaral
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