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sexta-feira, 13 de julho de 2018

UMA PALHINHA SOBRE OS DONS ESPIRITUAIS - ROGÉRIO AMARAL




UMA HUMILDE PALHINHA SOBRE OS DONS ESPIRITUAIS

O desejo deste não é ser um estudo sobre dons, visto que para buscar falar de maneira ampla sobre o tema seria necessário escrever um bom livro (quando dou estuo sobre o assunto eu levo cerca de 14 aulas), mas o desejo deste é dá uma ajuda a um amigo, tentando ser uma seta que direciona o caminho a ser seguido. Que o Senhor me abençoe neste intento.

         Logo no começo de 1 Coríntios 12 o apóstolo Paulo diz que deseja que ninguém seja ignorante sobre os dons, no que tange à realidade dos dons – vale a pena ressaltar que: gnosis é conhecimento e i tem a função de negação, assim, ignorante é a ausência, a falta de conhecimento sobre determinado assunto-tema. Então o desejo de Paulo é que a igreja de Coríntios, como toda a igreja do Senhor, tenha o conhecimento sobre os dons espirituais.

         Em seguida Paulo vai afirmar que o Espírito Santo é quem dá os dons (V4), o Senhor Jesus os Ministérios (V5) e é Deus Pai quem opera tudo em todos (V6). Daí para frente Paulo vai dizer que os dons são dados pelo Espirito para aquilo que for proveitoso para o Reino, Paulo vai elencar alguns dons e vai enfatizar que os dons são para servir ao próximo - o único dom que não cumpre este papel é o de línguas, vista que este edifica à própria pessoa que fala em línguas (1 Co 14:4), ainda assim, caso tenha intérprete, ela servirá para edificar à comunidade (1 Co 14:13) -, que os dons juntos são como membros que completam o corpo de Jesus, assim ele faz questão de mostrar que há diversidade de dons, que cada dom tem seu propósito no corpo de Cristo como também para capacitar o ministério de quem tem determinado dom (Leia também Efésios 4), com esta preocupação Paulo escreveu os versículos 27 a 31 de 1 Coríntios 12.

         Lamentavelmente nós somos pessoas de estereótipos, somos pessoas que amam o que pode ser visto pelos outros, somos pessoas apaixonadas por aquilo que pode chamar a atenção, por isso que o dom de discernir os espíritos, o dom da sabedoria, somos o povo das lantejoulas, dos paetês, de tudo aquilo que pode dar brilho e reluzir aos olhos dos outros e é por isso que o dom de variedades de línguas (principalmente este) e o de profecia que mais nos impressionam, que mais nos chamam a atenção e, igualmente por isso, são os que mais buscamos, os que mais queremos ter. O maior problema que vivemos, não que não existam outros, mas o maior que vivemos no que tange aos dons espirituais é o fato de não buscarmos os dons para servirmos ao próximo, de não buscarmos os dons para servir ao Senhor, de não buscarmos os dons para servir ao Reino. E, nesta busca egoísta, nesta busca por destaques, por aplausos, por reconhecimentos, não somente acabamos impedindo o Espírito de manifestar em nós o dom que ELE deseja (faço lembrar que os dons não são nossos, mas é a operação-manifestação do Espírito em nós e através de nós para o propósito dELE) como também entramos pelo caminho da meninice, da infantilidade, do emocionalismo descabido, num monte de “profetada”, num monte de “línguas estranhas” copiadas, meras repetições como os papagaios fazem. Neste caminho frenético por dons que “dão destaques” olho as pessoas adoecendo emocionalmente como psicologicamente, vemos pessoas, até com boa intenção, “profetizando” mentiras, enganos para outros e assim ferindo, confundindo, iludindo aquele que recebeu a “profetada”.

         Por último, nesta pequena leitura sobre os dons, digo que entendendo que todos estes erros, que toda esta vaidade, que toda esta doença, que todas estas distorções acontecem porque não compreenderam que viver em Deus, que ser em Deus, que fazer em Deus, por Deus e para Deus, só é realmente em Deus e de Deus se forem feitos em amor, visto que Deus é amor (1 João 4-8). Diante da convicção que tudo que é de Deus está permeado em amor que Paulo afirma no versículo 31 de 1 Coríntios 12: “Entretanto, busquem com dedicação os melhores dons. Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente”, daí em diante entramos no capítulo 13 onde Paulo falará que toda e qualquer manifestação de dom, que todo e qualquer agir de um ou mais dons (quem opera o dom em nós é Deus Pai através do Espírito Santo) sem AMOR de nada vale, sem amor não há Deus, sem amor Deus rejeita, sem amor é um nada, mas é um nada repugnante, é um nada que Deus repudia. Sendo que Paulo não para aí, Paulo continua e vai falar o que é o amor de Deus, Paulo vai dar as características do AMOR de Deus (do versículo 4 ao 8 de 1 Co 13); depois ele diz que vivermos pelo emocionalismo, pela aparência é coisa de menino, é coisa de quem fala gugu dadá, mas que o chamado de Deus é para que cresçamos, que deixemos de ser ignorantes.

         Paulo conclui o capitulo 13, o capítulo do amor, dizendo que no céu não haverá mais necessidades de dons. Para que profetizar se tudo já se cumpriu? Para que revelação se vamos conhecer o Salvador tal qual ELE nos conhece? Para que fé se já não temos o que esperar, pois já encontramos tudo que almejávamos? No entanto Paulo diz que o AMOR permanecerá por toda a eternidade.

         Espero que esta humilde e breve explanação tenha alguma utilidade para alguém.

         NELE, que nos chamou para vivermos em AMOR, Rogério Amaral.

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