UMA
HUMILDE PALHINHA SOBRE OS DONS ESPIRITUAIS
O desejo deste não é ser um estudo
sobre dons, visto que para buscar falar de maneira ampla sobre o tema seria
necessário escrever um bom livro (quando dou estuo sobre o assunto eu levo
cerca de 14 aulas), mas o desejo deste é dá uma ajuda a um amigo, tentando ser
uma seta que direciona o caminho a ser seguido. Que o Senhor me abençoe neste
intento.
Logo no
começo de 1 Coríntios 12 o apóstolo Paulo diz que deseja que ninguém seja
ignorante sobre os dons, no que tange à realidade dos dons – vale a pena
ressaltar que: gnosis é conhecimento e i tem a função de negação, assim,
ignorante é a ausência, a falta de conhecimento sobre determinado assunto-tema.
Então o desejo de Paulo é que a igreja de Coríntios, como toda a igreja do
Senhor, tenha o conhecimento sobre os dons espirituais.
Em
seguida Paulo vai afirmar que o Espírito Santo é quem dá os dons (V4), o Senhor
Jesus os Ministérios (V5) e é Deus Pai quem opera tudo em todos (V6). Daí para
frente Paulo vai dizer que os dons são dados pelo Espirito para aquilo que for
proveitoso para o Reino, Paulo vai elencar alguns dons e vai enfatizar que os dons
são para servir ao próximo - o único dom que não cumpre este papel é o de
línguas, vista que este edifica à própria pessoa que fala em línguas (1 Co
14:4), ainda assim, caso tenha intérprete, ela servirá para edificar à
comunidade (1 Co 14:13) -, que os dons juntos são como membros que completam o
corpo de Jesus, assim ele faz questão de mostrar que há diversidade de dons,
que cada dom tem seu propósito no corpo de Cristo como também para capacitar o
ministério de quem tem determinado dom (Leia também Efésios 4), com esta
preocupação Paulo escreveu os versículos 27 a 31 de 1 Coríntios 12.
Lamentavelmente
nós somos pessoas de estereótipos, somos pessoas que amam o que pode ser visto
pelos outros, somos pessoas apaixonadas por aquilo que pode chamar a atenção,
por isso que o dom de discernir os espíritos, o dom da sabedoria, somos o povo
das lantejoulas, dos paetês, de tudo aquilo que pode dar brilho e reluzir aos
olhos dos outros e é por isso que o dom de variedades de línguas (principalmente
este) e o de profecia que mais nos impressionam, que mais nos chamam a atenção
e, igualmente por isso, são os que mais buscamos, os que mais queremos ter. O
maior problema que vivemos, não que não existam outros, mas o maior que vivemos
no que tange aos dons espirituais é o fato de não buscarmos os dons para
servirmos ao próximo, de não buscarmos os dons para servir ao Senhor, de não
buscarmos os dons para servir ao Reino. E, nesta busca egoísta, nesta busca por
destaques, por aplausos, por reconhecimentos, não somente acabamos impedindo o
Espírito de manifestar em nós o dom que ELE deseja (faço lembrar que os dons
não são nossos, mas é a operação-manifestação do Espírito em nós e através de
nós para o propósito dELE) como também entramos pelo caminho da meninice, da
infantilidade, do emocionalismo descabido, num monte de “profetada”, num monte
de “línguas estranhas” copiadas, meras repetições como os papagaios fazem.
Neste caminho frenético por dons que “dão destaques” olho as pessoas adoecendo
emocionalmente como psicologicamente, vemos pessoas, até com boa intenção, “profetizando”
mentiras, enganos para outros e assim ferindo, confundindo, iludindo aquele que
recebeu a “profetada”.
Por
último, nesta pequena leitura sobre os dons, digo que entendendo que todos
estes erros, que toda esta vaidade, que toda esta doença, que todas estas
distorções acontecem porque não compreenderam que viver em Deus, que ser em
Deus, que fazer em Deus, por Deus e para Deus, só é realmente em Deus e de Deus
se forem feitos em amor, visto que Deus é amor (1 João 4-8). Diante da
convicção que tudo que é de Deus está permeado em amor que Paulo afirma no
versículo 31 de 1 Coríntios 12: “Entretanto,
busquem com dedicação os melhores dons. Passo agora a mostrar-lhes um caminho
ainda mais excelente”, daí em
diante entramos no capítulo 13 onde Paulo falará que toda e qualquer
manifestação de dom, que todo e qualquer agir de um ou mais dons (quem opera o
dom em nós é Deus Pai através do Espírito Santo) sem AMOR de nada vale, sem
amor não há Deus, sem amor Deus rejeita, sem amor é um nada, mas é um nada
repugnante, é um nada que Deus repudia. Sendo que Paulo não para aí, Paulo
continua e vai falar o que é o amor de Deus, Paulo vai dar as características
do AMOR de Deus (do versículo 4 ao 8 de 1 Co 13); depois ele diz que vivermos
pelo emocionalismo, pela aparência é coisa de menino, é coisa de quem fala gugu
dadá, mas que o chamado de Deus é para que cresçamos, que deixemos de ser
ignorantes.
Paulo
conclui o capitulo 13, o capítulo do amor, dizendo que no céu não haverá mais
necessidades de dons. Para que profetizar se tudo já se cumpriu? Para que
revelação se vamos conhecer o Salvador tal qual ELE nos conhece? Para que fé se
já não temos o que esperar, pois já encontramos tudo que almejávamos? No
entanto Paulo diz que o AMOR permanecerá por toda a eternidade.
Espero que esta humilde e breve explanação tenha alguma
utilidade para alguém.
NELE,
que nos chamou para vivermos em AMOR, Rogério Amaral.
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