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quarta-feira, 30 de maio de 2018

ESTUDO: JEJUM, UMA BENÇÃO - ROGÉRIO AMARAL




JEJUM,  UMA BENÇÃO!
Abstinência ou abstenção total ou parcial de alimentação em determinados dias, por penitência ou prescrição religiosa ou médica.      
(Dicionário Aurélio
)
Jejum é uma prática muito comum no meio religioso, todas as religiões existentes, cristãs ou não, usam desta forma de sacrifício para louvar as suas divindades.

        Mas o que verdadeiramente é o jejum para os cristãos? Uma simples abstinência de alimentos! Não! 

Infelizmente muitos têm olhado para o jejum como um fardo difícil de ser carregado e ignorado o verdadeiro sentido desta abstinência. Ficam sem alimentar-se por um período levado pelas circunstâncias (determinação da igreja ou algo semelhante), porém, não conseguem ver a grandeza deste ato de louvor ao Senhor. Infelizmente resumindo: Passam Fome!

Em Isaias 58.6,7 está escrito: “Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade,   que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces   todo o jugo?  Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?".

O Senhor está ensinando através de seu profeta, que o jejum deve envolver todo o nosso ser, a vontade é subjugada, a mente volta-se para Ele.  São momentos nos quais devemos fechar a porta para a existência e abrir-nos totalmente para o Senhor.  Longe de ser algo mecânico, ou encarado como uma obrigação, no entanto deve ser um ato que parte de nosso íntimo um reconhecimento da glória do Pai e do prazer em humilhar-se em sua presença. 

     Este ensino é dado ao povo escolhido desde os tempos dos reis, como uma prática agradável e que geralmente movia o coração do Senhor. Sua prática era geralmente em situações 
difíceis, em que o socorro divino era indispensável. Veja o exemplo de Davi: “... Jejuou Davi e, ... passou a noite prostrado...”  2Sm 12:16.

Vejamos alguns textos que nos leva a conhecer diversos momentos em que o jejum foi extremamente necessário:
Jl 1.14, 2.12;  2Sm 1.12;  Lc 5.33-35;  Sl 35.13; Dn 6.18;  Et 4.16;  At 13.3, 14:23,  etc.

O jejum era uma prática comum entre os grandes servos do Senhor, pois sabiam que era uma forma de reabastecer-se, de renovar as forças para enfrentar as difíceis batalhas que tinham pela frente em seus ministérios e até mesmo na vida cotidiana.  

Veja alguns exemplos: Jesus:  Mt 4:2; Moisés: Ex 34:28; Elias: 1Rs 19:8; Paulo: 2 Co 11:27; Cornélio: At 10:30; Ana: Lc 2:37; Davi: 2 m 12:16; Neemias: Ne 1:4; Ester: Et 4:16; Daniel: Dn 9:3  entre outros.

O jejum também era feito coletivamente, praticado simultaneamente pela nação, numa cidade, pela igreja etc. 
Leia os exemplos: Nação: Israel Jz 20:6, Ed 8:21, Jr 36:9 etc; Cidade: Ninivitas Jn 3:5-8; Líderes: Apóstolos 2 Co 6:5; Igreja:  Primeiros Cristãos At 13:2.

Apesar de ser uma prática comum no seio da igreja do Senhor, na Bíblia vemos poucos ensinamentos a respeito de como praticá-lo.

Em Mateus 6:16-18 vemos uma recomendação do Mestre em relação ao jejum: “Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto,  Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente”.

Infelizmente este precioso ensinamento dado por Cristo pouco tem sido observado nos dias atuais, nos quais vive-se muito a aparência. E passar uma imagem de crente praticante deste sacrifico coloca sobre as costas uma capa de santidade. E o que deveria ser em secreto, torna-se extremamente aparente, à semelhança do Fariseu que se exaltando dizia a todos“Jejuo duas vezes por semana...” Lc 18:12.

Nestes dias apocalípticos, a simplicidade da palavra já não tem lugar e muitos têm tentado explicar o inexplicável, e neste afã, inventaram diversas normas para a prática do jejum. 

E cada Pastor, impõe as suas ovelhas formas predefinidas e até absurdas para sacrificar ao Senhor. A palavra, porém, aponta para a voluntariedade é um pacto entre a pessoa e Deus; que   nasce no coração, com o desejo de agradar ao Mestre. É uma forma de nos humilharmos em sua presença, clamando pela sua misericórdia ou demonstrando a nossa gratidão pelo seu amor.

Certa vez um jovem crente aproximou-se de mim e começamos a conversar sobre as coisas espirituais e ele confidenciou-me que estava em jejum e por determinação do pastor, nem mesmo a saliva poderia engolir. Uma irmã contou-me, que para um verdadeiro jejum, teria que ficar em casa, orando e lendo a Bíblia e não poderia conciliar trabalho e jejum. E como estes exemplos radicais, há muitos outros.

Ditar normas e formas de sacrificar ao Senhor  é colocar fardos pesados sobre as pessoas e muitos são induzidos ao erro. E isto é andar em sentido contrário, pois Cristo veio tirar os fardos pesados difíceis de serem carregados, no entanto, muitos chamados homens de Deus, fazem questão de colocá-los sobre os ombros das ovelhas. O que deveria verdadeiramente ser ensinado e cobrado pelos pastores era a condição única de santificar-se, deixando o pecado  e de voluntariamente  chegar-se diante do Pai e fazer um pacto de sacrifício.
      Na prática do Jejum é indispensável: 
A) Leitura da Palavra  -  Meditar nos ensinamentos, vivenciá-los;

B) Oração  -  Jejum sem oração, não é jejum!  Deve-se estar em oração constante!  E para orarmos, só precisamos de vontade e fé.  Ora-se: andando pelas ruas; dirigindo; em casa; trabalhando; no metrô, trem ou ônibus; enfim em todos os lugares! Orar é falar com Deus, como ele conhece nossos pensamentos, não há necessidade de sairmos pelas ruas clamando em voz alta. É só você e Deus! Ele te ouvirá.
C) Estar em Espírito  -   É viver com a mente voltada para os céus, ligado nas coisas espirituais. É uma condição de vida para todos os Servos do Senhor, em tempos de jejum ou não. 
“Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.”  Sl 51:17

Quanto à forma de jejuar, esta depende do mover do Espírito Santo ou de sua própria opção, cito alguns exemplos:
a) Ficar por um período sem alimentar-se: 12, 24 ou mais horas;
b) Excluir da alimentação por um período pré-estabelecido algum item.  Exemplo: Carne, refrigerantes, doces, etc.;
c) Alimentar-se apenas com líquidos por um tempo determinado;
d) Faça segundo o teu coração com o objetivo principal de honrar ao Senhor.

No Jejum, temos que afrontar a carne, lutar contra ela, humilhá-la, ir contra nossa própria vontade, entregar-se totalmente ao senhorio de Deus, à dependência de Deus.  Portanto é inconcebível que alguém venha oferecer um sacrifício que não vá doer na carne, que não vá mostrar renúncia. Por exemplo: Querer excluir da alimentação o refrigerante por um período, quando normalmente você bebe esporadicamente.  Certamente será em vão!

“Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o SENHOR não come, e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor. Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.” Rm 14:6-9

E assim deve ser o nosso viver, tudo quanto façamos, que seja feito no Senhor.

Consulte mais sobre jejum, veja os textos:
1Rs 21:9; 2 Cr 20:3; Ed 8:21; Sl 35:13, 69:10;  Jr 36:6; Dn 6:18, 9:3; Jl 1:14, 2.15; Jn 3:5; Zc 8.19; Mt 15:32, 17:21; Mc 8:3; Lc 2:37; At 14:23, 27:9; 2 Co 6:5, 11:27

NELE, que já conquistou tudo por nós lá na cruz, mas que compreende que nós que lutamos contra a carne, contra os impulsos e inclinações para o pecado, Rogério Amaral.

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