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sábado, 19 de maio de 2018

REFLEXÕES: INFORMAÇÕES, O QUE FAZER COM ELAS?



INFORMAÇÕES, O QUE FAZER COM ELAS?


             Desde que o mundo é mundo, em toda a história humana, nunca o ser humano teve tão fácil acesso às informações, aos acontecimentos como no dia chamado hoje, como na atualidade, e não somente acesso como também com tanta rapidez, hoje o que acontece no oriente passamos a ter ciência em questão de minutos.

             Esta facilidade de obter as informações como a facilidade de obtê-las é realmente fantástico, fascinante! Fico imaginando como é na cabeça de uma pessoa de 80 anos que usa a internet, como funciona na cabeça destas pessoas vivendo hoje estas fantásticas descobertas da tecnologia e tendo que acompanhar esta avalanche de informações que recai sobre nós em todo o tempo, a todo momento.

             Por outro lado, ainda que hoje eu tenha “somente” 46 anos, quando converso com as pessoas de mais idade, quando leio sobre a vida há cerca de 50 anos atrás, fico vendo como estas pessoas tinham pulsos fortes, como elas eram decididas, como elas mantinham o foco, como elas brigavam por seus direitos, principalmente para fazer justiça e para fazer valer o que era bom para todos, para a comunidade, a destacas o que tinha haver com as bases familiares - é claro que sempre existiram as exceções -, via de regra era assim que os mais antigos viviam e se comportavam. Era muito raro conseguir fazer lavagem cerebral em uma comunidade, em uma sociedade, em um povo.

             Hoje vejo a nossa era, o nosso povo, cheio de conhecimento, mas que desaprendeu a pensar (se é que em algum dia soube), que desaprendeu o bom senso, que desaprendeu o que é justo, que desaprendeu a se compadecer, que desaprendeu a amar sem barganhas, a amar de verdade, com pureza de coração, pois somente assim se ama de verdade, que desaprendeu a chorar com os que choram e se alegrarem com os que se alegram, que desaprendeu a fazer bons usos, usos revolucionários para o bem de todos, valorizando a história, com os conhecimentos que têm, etc.

             Quem me conhece sabe o quanto amo futebol, o quanto vibro com dribles ousados e jogadas de efeito, assim sendo gosto muito do Garrincha – lamento a maneira que findou a vida dele -, gosto muito do Maradona, do Zico, do Pelé, dos dois Ronaldos, do falecido Dener, do Neymar, etc. Gostar de futebol e falar do mesmo me encanta. No entanto eu não consigo entender comoções, “correntes”, gastos de tempo e até dinheiro por parte do povo sobre a cirurgia do Neymar. É claro que lamento o sofrimento da dor da fratura e quem sabe da expectativa sobre a copa do mundo. Mas eu lhe convido a pensar comigo: a cirurgia é simples, os médicos são os melhores que existem na área, toda a medicação e instrumentos estão à mão, a companhia é a das mais desejadas na atualidade (Bruna), o lugar de recuperação é um sonho que pouquíssimos conseguirão realizar e por aí vai. Concomitantemente ao que acontece com Neymar inaugura-se (reconstrói) um hospital federal que não tem médicos e nem medicamentos, a Síria sofre um extermínio, o SUS é um susto constante, o desemprego não diminui, famílias que um dia tiveram a sua casa estão morando nas ruas, a corrupção no Brasil é alarmante, e não vemos estas comoções, estas correntes, estas mobilizações do povo sobre estes temas, sobre estas catástrofes.

             Diante disso tudo eu entendo que a avalanche de informações que temos tem nos impedido de pensar, tem nos impedido de ter bom senso, tem nos impedido de ser justo, tem nos impedido de ter sentimentos nobres, tem nos impedido de compreender que fazer o que é correto não é mérito, mas é o que se espera de qualquer um que viva em sociedade, fazer o que é certo e justo é o dever de todo ser humano.

             Oro-sonho-desejo que chegue o dia em que as nossas informações nos leve a fazer justiça, a sermos pessoas de foco, pessoas de caráter que não se vendem, que não negociem princípios, que sejam íntegras, que não sejam manipuladas por festas e por brindes, pessoas que amem ao próximo como a si mesmo.

             Que o Senhor nos abençoe e nos ajude!

             Sem mais, por enquanto, rs, Rogério Amaral.

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