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quinta-feira, 17 de maio de 2018

REFLEXÃO: O SAPATO DO OUTRO - ROGÉRIO AMARAL




O SAPATO DO OUTRO

"Ao perguntar o que estava acontecendo, a filha contou, dentre lágrimas que a pequena amiga tinha perdido sua boneca favorita. A mãe ficou um pouco confusa e, em seguida, perguntou à filha:
 "você perdeu a sua boneca também?" "Não", a filha chorava e respondia.
- "Então o que há de errado com você?"
- "Nada", ela soluçou. “Eu estou apenas ajudando minha amiga a chorar".
            Sempre me encanto com a pureza das crianças, já escrevi algumas vezes aqui, e também creio que foi por isso que Jesus disse que se queremos herdar o Reino dos céus temos que ser como crianças.
            Eu quero lhe convidar a reler esta história que inicia esta reflexão. Releu? Agora seja franco e diga para você mesmo, somos assim? Somos pessoas que vivem em e com compaixão? Somos pessoas que choram com os que choram? Somos pessoas que ao ver alguém feliz nos alegramos ou somos os que sentem invejas da felicidade dos outros? Somos pessoas que quando alguém comete um erro, que quando alguém está mal nos compadecemos de tal pessoa ou somos os que dizem: Bem feito! Quem mandou ser irresponsável! Quem mandou meter a mão onde não foi chamado!?
            Como a compaixão e a empatia estão longe de nós! Infelizmente temos nos tornados pessoas cada vez mais egoístas, mais egocêntricas. O interessante disso é que quando vemos um filme onde estes sentimentos, estes tratamentos estão presentes – compaixão, empatia, graça, misericórdia – nos emocionamos, aplaudimos, achamos nobres, no entanto, de uma maneira geral, não queremos tê-los e muito menos praticá-los.
            Há um ditado aqui no Perú que diz que temos sempre que colocar, calçar o sapato do outro, pois só assim se poderá saber como ele anda e as dores e incômodos e alegrias que o outro tem.
            Sabe, eu creio, eu entendo que o mundo, a sociedade somente será melhor quando todos e cada um de nós aprenda a se sensibilizar tanto com a tristeza como com a alegria do outro e, mais ainda, quando está sensibilidade nos leve a uma ação-interação com o próximo.
            Pense nisso!

            NELE, que sendo Deus se fez homem para assim poder, sabendo realmente quem somos e sentimos, nos perdoar, Rogério Amaral.

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