EM BUSCA DA FELICIDADE
A quem me conhece sabe que venho de uma família pobre, bastante simples. Um dos exemplos sobre a minha infância é o fato de eu ter vivido, até os meus 14 anos, juntamente com os meus pais e os meus irmãos mais novos, em 2 cômodos na casa da minha falecida vó. Depois vivemos, dos meus 14 anos aos 27 anos numa casa de barro a qual foi construída pelo meu pai e por mim num terreno que não era nosso. Caramba, que época boa! Enquanto escrevo estas vêm infinitas recordações maravilhosas em minha mente.
Vocês podem não acreditar, mas éramos muito, muito felizes nesta época. Ainda que nos dias de chuva chovesse mais dentro do que fora de casa, rs, ainda que em todo o tempo saísse um pedaço da casa, rs, ainda que..., éramos muito felizes. Nossa casa, mesmo sendo está aí, vivia cheia de pessoas, cheia de amigos, alguns amigos até saíam de suas casas, onde, materialmente falando, era realmente uma casa, para ficarem dias em nossa casa. Foram tempos de grandes felicidades, de grandes amizades, de grandes aprendizagens.
Sabe, não tínhamos as coisas materiais que os amigos tinham, não tínhamos dinheiro para passear como quase todos os amigos tinham, contudo tínhamos amigos, amigos estes que compartilhavam o que tinham conosco, amigos estes que estavam-estão conosco pelo que éramos-somos. Nunca escondemos de ninguém nossa realidade econômica e da nossa alegria pela vida que tínhamos. É claro que sempre nos dedicamos em busca de uma vida econômica mais tranquila – hoje todos os meus irmãos têm trabalho público -, mas sempre soubemos tirar o melhor do que tínhamos e principalmente ser os melhores amigos que podíamos ser! Lembro que eu, filho mais velho, fui ter a minha primeira bicicleta com 16 ou 17 anos, mas em pouco tempo a vendi para ter outras coisas que eu priorizava. Lembro que comecei a trabalhar com 09 anos de idade na serralheria do meu tio Beto, onde eu cortava ferros.
Vou parar aqui nas recordações para dizer que somente tínhamos o suficiente para viver e ainda assim, louvando a Deus pelo suficiente, éramos muito, muito felizes.
Por que conto estas coisas?
Conto estas coisas porque vejo uma cultura que diz, que determina que a felicidade só existe através das posses, através do que é material, e nesse cultura enganosa nunca estão felizes, visto que o que possuem nunca é o suficiente, nunca é o bastante e assim, neste busca de ter, ter e ter, não conseguem disfrutar do aqui e agora, não conseguem ser felizes hoje, pois sempre projetam a felicidade para o amanhã.
Também digo isso porque esta mesma cultura atual diz que a felicidade só é real quando se encontra a pessoa ideal (muitas vezes idealizada pela sociedade, pela mídia) poderá ser feliz, assim vive projetando a pessoa ideal, que nem sabemos se a mesma existe, e ao mesmo tempo projeto sua felicidade no outro e ainda não consegue amar e ser feliz com o que tem (aqui abro esse parente para dizer que quanto a relacionamento cada caso é um caso, mas o que disse o falo dentro da cultura atual).
É inegável que vivemos uma cultura, uma era do consumismo, da ideologia de que é melhor ter do que ser, do pensamento que a felicidade está fora de nós e que é algo que sempre é buscado, perseguido para o amanhã. Que loucura é isso!!!!
“De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos” 1 Timóteo 6:6-8.
Quero lhe dizer, sem medo de errar, que você não aprende a ser feliz com a vida, que se você não aprende a ser feliz com você mesmo, se você não aprende a se alegrar com o que você tem você nunca será feliz e, consequentemente afastará as pessoas de você! Por favor, me entenda, não estou aqui falando de conformismo, como já disse, toda a minha família buscou melhorar economicamente, meu irmão tem hoje, para a glória de Deus, 2 casas, minha irmã está terminando uma excelente casa e por aí vai. O que estou lhe dizendo que é que se você aprende a valorizar o hoje e o agora, se você aprende a ser grato pelo o que tem e assim valorizar o que possui, se você entende que a vida é um milagre de Deus, se você entende que é você, se você se descobre, se você sabe a verdade sobre você, o que conta e não o que você possui, eu lhe garanto que você terá uma vida feliz, tendo muito o pouco você será feliz.
Pense nisso!
NELE, que veio e conquistou a felicidade para todos que NELE crer, Rogério Amaral.
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