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sábado, 14 de abril de 2018

Reflexão: TALVEZ SUICÍDIO - Pr ROGÉRIO AMARAL






TALVEZ... SUICÍDIO

Devido ao grande número de compromissos e atividades que tive nestas duas últimas semanas, estou com 2 semanas de atraso nas devocionais e quero lhes pedir perdão por isso. Espero poder, até o fim de outubro, colocar tudo em dia.

        A reflexão que quero fazer aqui hoje é sobre o suicídio. Ainda que eu não tenha o desejo e nem a pretensão de entrar pelo caminho psicológico ou filosófico ou sociólogo ou antropológico ou mesmo teológico, eu quero refletir sobre isso dentro das perspectivas que adquiri com a vida e por experiências vividas por pessoas que próximas a mim.

        Eu tenho aprendido que, em quase a totalidade das vezes, deixando de fora alguns suicídios de cunhos culturais, como por exemplo a China, onde cerca de 280 mil chineses se suicidam durante o ano, que o suicídio não é uma opção pela morte e sim um grito pela vida. Explico o que quero dizer. É a pessoa dizendo que a vida que ela vive é-está insuportável e ela quer melhorar, ela quer viver de uma maneira digna, honrada, contudo ela não vê esta possibilidade, aí, dentro da impossibilidade de viver a vida dentro do que se pode chamar de vida, ela dá um grito, que neste caso é o suicídio; o que tal pessoa faz não é optar pela morte – pelo menos é assim que tenho visto quando tomo conhecimento do entorno das pessoas que se suicidaram – e sim dizer que ela quer uma vida melhor, talvez mais justa, talvez com mais amor, talvez com mais atenção, talvez com mais humanidade, talvez com mais amizade, talvez com mais solidariedade, talvez com mais misericórdia e menos condenação, talvez com mais cordialidade, talvez com mais longanimidade e mais paciência, talvez com mais sinceridade e menos mentira, talvez com mais vida.

        Dentro do que tenho concluído, se nós estivéssemos mais atentos, mais perto, mais presente na vida das pessoas, se fossemos menos egoístas, menos egocêntricos, se fossemos mais humanos, principalmente dos que são “nossos”, ouviríamos o grito da alma dessas pessoas e evitaríamos este último grito chamado suicídio. Entendo que a nossa indiferença para com o nosso próximo tem fechado os nossos ouvidos para o grito da alma das pessoas que querem viver, mas que não mais encontram meios para isso.

        Nós fomos chamados, todos nós, para sermos agentes de vida, promotores de vida para os outros, se vivêssemos com esta preocupação, com esta inclinação, com este intento, salvaríamos vidas e seríamos salvos constantemente.

        É por isso que Jesus disse que o bem que queremos que nos façam devemos também nós fazer aos outros (Mateus 7:12).

        NELE, que veio para nos dar vida em abundância, Rogério Amaral.

Um comentário:

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