TALVEZ...
SUICÍDIO
Devido ao grande número de
compromissos e atividades que tive nestas duas últimas semanas, estou com 2
semanas de atraso nas devocionais e quero lhes pedir perdão por isso. Espero
poder, até o fim de outubro, colocar tudo em dia.
A reflexão
que quero fazer aqui hoje é sobre o suicídio. Ainda que eu não tenha o desejo e
nem a pretensão de entrar pelo caminho psicológico ou filosófico ou sociólogo
ou antropológico ou mesmo teológico, eu quero refletir sobre isso dentro das
perspectivas que adquiri com a vida e por experiências vividas por pessoas que
próximas a mim.
Eu tenho
aprendido que, em quase a totalidade das vezes, deixando de fora alguns
suicídios de cunhos culturais, como por exemplo a China, onde cerca de 280 mil
chineses se suicidam durante o ano, que o suicídio não é uma opção pela morte e
sim um grito pela vida. Explico o que quero dizer. É a pessoa dizendo que a
vida que ela vive é-está insuportável e ela quer melhorar, ela quer viver de
uma maneira digna, honrada, contudo ela não vê esta possibilidade, aí, dentro
da impossibilidade de viver a vida dentro do que se pode chamar de vida, ela dá
um grito, que neste caso é o suicídio; o que tal pessoa faz não é optar pela
morte – pelo menos é assim que tenho visto quando tomo conhecimento do entorno
das pessoas que se suicidaram – e sim dizer que ela quer uma vida melhor,
talvez mais justa, talvez com mais amor, talvez com mais atenção, talvez com
mais humanidade, talvez com mais amizade, talvez com mais solidariedade, talvez
com mais misericórdia e menos condenação, talvez com mais cordialidade, talvez
com mais longanimidade e mais paciência, talvez com mais sinceridade e menos
mentira, talvez com mais vida.
Dentro do
que tenho concluído, se nós estivéssemos mais atentos, mais perto, mais
presente na vida das pessoas, se fossemos menos egoístas, menos egocêntricos,
se fossemos mais humanos, principalmente dos que são “nossos”, ouviríamos o
grito da alma dessas pessoas e evitaríamos este último grito chamado suicídio.
Entendo que a nossa indiferença para com o nosso próximo tem fechado os nossos
ouvidos para o grito da alma das pessoas que querem viver, mas que não mais
encontram meios para isso.
Nós fomos
chamados, todos nós, para sermos agentes de vida, promotores de vida para os
outros, se vivêssemos com esta preocupação, com esta inclinação, com este
intento, salvaríamos vidas e seríamos salvos constantemente.
É por
isso que Jesus disse que o bem que queremos que nos façam devemos também nós
fazer aos outros (Mateus 7:12).
NELE, que
veio para nos dar vida em abundância, Rogério Amaral.
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