Só para explorar
É claro que não sei se tudo o que
dizem sobre os tempos passados é verdade, visto que todos nós sempre dizemos
que “no nosso tempo não era assim...” e aí dizem como as coisas eram melhores
no tempo passado. No entanto, eu posso contar sobre o que vivi na minha
infância, adolescência e juventude, e posso dizer que no que tange ao aspecto
humano, ao aspecto de respeito, de simplicidade as coisas eram muito melhores
do que nos dias de hoje, pelo menos esta é a minha leitura da vida.
Eu poderia
começar falando daquilo que todos já conhecem que é o fato de pedir benção aos
pais, avós, tios, etc., como também sobre a possibilidade de se divertir com
coisas tão simples, como também sobre o fato do respeito aos mais velhos,
principalmente aos pais (claro que sobre tudo isso existem as exceções, mas,
como o próprio nome diz, eram exceções, pois a regra é o que estou a afirmar
aqui).
Dentro
das coisas da minha época eu entendo que os interesses nos relacionamentos eram
bem menores, até raros. Principalmente na adolescência era difícil você ver
alguém que se aproxima do outro, que era “amigo” do outro pensando no que podia
explorar do outro, isso é, por algum tipo de proveito que pudesse tirar do
outro que não você a própria amizade do outro.
Hoje eu
vejo que cada vez mais cedo, cada vez com menos idade, as pessoas se aproximam
de outras, se relacionam de outras por interesses, sempre pensando no quanto
podem explorar do outro, no quanto podem tirar vantagem do outro, aí, no
momento em que não tem mais como explorar, no momento em que não tem mais
vantagem a ser tirada, o relacionamento, a “amizade” acaba. Tem vejo que cada
vez mais as pessoas têm sido tratadas como coisas, como trampolins para a
realização de algum tipo de interesse. Vejo
isso até nos casamentos, onde a maioria tem se dado pelo corpo do outro, ou
pelo dinheiro do outro, ou pela posição social do outro aí, quando estas coisas
acabam, os casamentos também acabam, visto que o casamento onde os dois são uma
só carne nunca existiu. Vejo isso até no meio dos cristãos, dos pastores, onde
um se aproxima do outro por causa da “lei de Gerson”, isso é, somente para
tirar algum tipo de vantagem, somente para explorar.
Eu sei o
quanto somos capazes de nos superar, principalmente para as coisas ruins, mas
eu fico me perguntando onde ainda podemos piorar?
Quem me
conhece sabe o quanto amo ler, o quanto amo estudar, o quanto amo conversar!
Pratico todas estas coisas tanto por amar fazê-las como também para poder, de
alguma maneira, ser benção, ser um ajudador para alguém. Contudo eu vejo
pessoas que sempre buscam os que sabem somente para poder tirar vantagens,
somente para explorar, e nunca ou quase nunca para dar, para ajudar. Vejo ainda
pessoas que sabem, ou pensam saber, somente para desfazer dos outros, somente
para humilhar dos outros, somente para discordar de uma maneira que desconstrua
o outro e não para abrir, com carinho, respeito e amor, a
visão-posição-conhecimento do outro.
Eu
oro-sonho para que a partir desta atual geração, também me tendo como um
possível exemplo, para que a humanidade volte a ver o ser humano como uma
pessoa valiosa, volte a ver o outro como alguém totalmente importante, para que
sempre veja o outro como alguém a quem possamos ajudar e não como alguém a ser
explorado. Foi para vivermos assim que Jesus disse que devemos amar ao próximo
como a nós mesmos (Mateus 22:39).
Pense
nisso!
NELE, que
veio para servir e nos ensinou e ordenou a servir aos outros, Rogério Amaral.
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